Reino Unido em meio a crise
Intitulada como economia anglo-saxônica, a terceira maior economia no espaço europeu, a do Reino Unido que fica atrás somente da Alemanha e França, sofre com uma taxa de desemprego acentuada de maneira avassaladora como não se via há 17 anos. Esse dado foi registrado agora há pouco pela agência de estatísticas oficial, ONS que garante que o número de britânicos desempregados é grande, apesar da diminuição dos pedidos de seguro-desemprego em dezembro de 2011. No mesmo mês o número de pessoas que solicitaram o auxílio-desemprego teve alta de 1200 o que corresponde a um índice de 5% de desempregados.
Entre os jovens..
..a situação é caótica. A Europa já enfrenta uma onda de desemprego entre jovens de 16 e 24 anos e dessa vez não foi diferente a constatação feita pela ONS. Até novembro o número de jovens sem emprego subiu para 1,043 milhões elevando para 22,3% o percentual dessa parcela da sociedade desempregada, no continente.
Contradição?
O interessante é que entre setembro e novembro do ano passado, houve aumento de empregos para 29,119 milhões. Mesmo assim, a crise assola o cotidiano do país que há pouco deixou de ser a sexta economia do mundo, dando lugar ao Brasil.
Para tentar resolver essa situação, o governo tem contado com a ajuda de empresas privadas para que possam criar novos empregos e sanar a demanda de 700 mil demissões que vão acontecer no setor público como parte do plano de austeridade adotado para eliminar o enorme déficit orçamentário da Grã-bretanha por pelo menos 5 anos.
Pessimismo!
Por mais que os pedidos por auxílio-desemprego tenham diminuído e a alta de empregos sejam motivos de esperança econômica para o Reino Unido, os analistas ainda acham que o desemprego está fadado a aumentar ainda mais. Os bancos e varejistas têm cortado empregos essa semana e o Premier Foods, maior grupo alimentício britânico, anunciou corte de 600 funcionários por falta de demanda do consumidor.
Opinião
Desemprego entre jovens europeus não é de hoje e ver esse índice acentuando-se na Grã-Bretanha também não é novidade frente à onda deficitária que o país vem vivendo pelas tensões causadas pela crise. Outro fator que favorece a taxa de desemprego entre os ingleses é a inserção de mão de obra estrangeira que divide espaço com estes jovens desempregados, mão de obra esta que foi para o país muito antes da concretização da crise e que se mantém firme por lá.
Por isso, taxa de desemprego é diferente de número de pessoas sem trabalhar, tanto é que até novembro do ano passado ainda havia crescimento na geração de empregos no Reino Unido, elevando para 29,119 milhões como citamos acima.
Como em qualquer economia, quando a crise econômica não pode ser salva somente pelo poder público, a escamoteada é tentar suprir o vazio com o setor privado. E esta medida o governo britânico já está adotando.
Talvez ainda falte capacitação para boa parcela destes jovens ingleses que permanecem no país. Atualmente países como o Brasil estão sendo palco da recepção de estrangeiros provenientes de muitos lugares, inclusive em grande escala da Europa, e vice-versa.
Fonte: Estadão Economia e Negócios Fotos: Google Imagens
Por Marcelo Nahime Jr. @marcelonahime
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